quinta-feira, 3 de abril de 2008

No ar, 50 anos de vida

Posso tentar transparecer a minha experiência de três meses trabalhando na maior exposição tecnológica da história gaúcha, que emocionou tantos permanecendo na USINA do GASOMETRO em Porto Alegre, de setembro a novembro, com essa matéria que produzi a partir da entrevista com esse Senhor que passeava pela exposição:

Roberto dos Santos Mensch não está apenas emocionado pela exposição “No ar – 50 anos de vida”. Para esse senhor de cabelos brancos e trejeitos simples, parece que uma máquina do tempo está sendo ativada quando olha ao seu redor “ali ficavam as bobinas, aqui os motores...”, relembra com olhar saudoso.
Com 81 anos, ele parece vislumbrar a Usina em pleno funcionamento. Dentro de seus olhos miúdos, percebemos um passado, perdido para muitos que freqüentam a Usina nos dias de hoje. “Tuuuuuu-tuuuuuu” é som que ele emite, ao lembrar do barulho das caldeiras. “Hoje em dia sou surdo, minha véia reclama, mas é por causa do tempo que trabalhei aqui”, comenta.
Como torneiro mecânico, trabalhou na Usina no final dos anos 40 e ressalta várias vezes que a exposição está muito bonita. “Vou trazer minha filha aqui, pra conhecer esse lugar, incrível como foi transformado”, diz.
Morador de Esteio, Roberto relembra como era a geografia do local antigamente. “Ali onde tem a avenida na frente, na verdade, era o quintal desta usina, e passava o bonde, logo ao lado, ficava a cadeia”, gesticula. E também podemos notar que fica sem jeito quando diz que haviam por ali também muitas mulheres de vida fácil.
No meio da quantidade de sons que a exposição instalada orquestra, Seu Roberto lembra que nos tempos de sua juventude não era assim. “Tínhamos apenas os sons do motor elétrico e do rádio, se não me falha a memória”, argumenta. E segue caminhando, maravilhado pela exposição, admirando o mundo novo a sua volta mesclar com o antigo sonho de suas memórias.

Foi tudo incrível! Quando lembro, parece que foi um sonho, nunca vou esquecer, dos amigos que criei com raiz, das pessoas que conheci e do conhecimento imenso que adquiri!

segunda-feira, 31 de março de 2008

Faço das palavras dele ...

Fazendo uma limpa no meu e-mail, achei uma entrevista com o Cazuza, extraída não sei de onde, e gostei disso, como aliás, gosto de muita coisa desse cara:

"Graças a Deus, sou uma pessoa que não tem inimigos. Deixa até bater na madeira... não posso dizer que de tal pessoa eu não gosto, posso até não me ralacionar muito com elas, mas não tenho inimigos. Luto para não ter, sou até meio falso às vezes, trato todo mundo bem, sou muito vaselina. Ajo assim deliberadamente. Já tive até quem eu pudesse odiar, mas não entro nessa. É um peso desnecessário. Sou muito egoísta, centrado em mim mesmo, para me incomodar assim com os outros"

!

domingo, 16 de março de 2008

Ufa!

Ainda bem que não sou perfeita!

Que erro!
Que aprendo!
Que vivo!

Covardia

Os seres humanos são classificados como animais racionais, mas muitos não são dignos dessa classificação. De fato, alguns seres, ditos humanos, adotam comportamentos que superam a bestialidade até mesmo das mais traiçoeiras feras. É claro que o comportamento selvagem dos animais decorre de sua necessidade de matarem para sobreviver. Nenhum deles se compraz em fazer o mal. Todavia, isso não é verdade no que se refere aos seres humanos. A triste realidade é que não são poucos os que se encontram nos estágios primários da evolução.

A covardia é filha da insensibilidade pelo sofrimento alheio e do egoísmo, arquiteto das muralhas que erguemos para assegurar a inviolabilidade de nosso bem estar e para impedir que descortinemos o sofrimento que pode ser causado por algumas de nossas ações em busca desse mesmo bem estar, quando ele é obtido às expensas do bem estar de outros.

A covardia somente é possível de ser posta em prática quando se detém a parcela de poder por ela exigida. Constitui um dos instrumentos empregados por Deus para mensurar o nosso comportamento. É Deus quem nos possibilita sermos covardes, já que todo o Poder nos é dado por ele e a covardia disso depende, pois ela é, na essência, o mau uso dos diferenciais de Poder. A covardia exige que utilizemos Poder para produzirmos o torpe efeito desejado. Porém, sendo Deus onipresente, é a sua observação de como usamos o Poder por ele a nós concedido que baliza nossa ascensão na escada evolutiva onde todos os seres humanos tentam galgar mais um degrau. Os mais covardes estacionam nessa ascensão.

Diversos tipos de covardia podem ser identificados numa gradação decrescente que revela o grau de desvio comportamental de determinado indivíduo em relação aos padrões tidos por esta sociedade como adequados. É importante que tenhamos em mente que o que se considera ação covarde em determinados grupos sociais pode ser considerado como coisa normal em outros. A covardia é fortemente influenciada pelos usos e costumes, pela política local e pelos interesses dominantes. A época histórica e a tecnologia disponível também exercem influência sobre o que se considera ato covarde ou não. Mas é a evolução espiritual a grande responsável pela presença ou ausência desses atos. É ela que, num extremo, faz prevalecer a atuação do instinto de conservação ou dos caprichos criminosos dos indivíduos e, no outro, favorece o espírito da renúncia, grande bálsamo que extingue as ações covardes.

A covardia pode ser medida, como já dito, pelo diferencial de Poder existente entre quem pratica e quem sofre o ato covarde. Assim, uma ação criminosa pode não ser covarde, caso quem a pratique tenha igual ou menor poder que a vítima. Porém, isso dificilmente ocorre, pois o poder que mensura esses atos não é o poder real dos seres humanos, mas o poder do qual dispõem no instante considerado. Dessa forma, espetar um leão com uma lança tanto pode ser considerado como covardia ou como ação meritória. Tudo depende das circunstâncias. Caso o leão estivesse enjaulado, isso seria uma covardia. Caso estivesse para matar outro ser vivo...

Isso mostra a dificuldade de julgarmos as ações covardes, já que apenas o pleno conhecimento de todos os fatores relacionados a determinado evento nos permitiria qualificá-lo como ação covarde. Um dos aspectos que melhor possibilita diferenciar os atos, qualificando-os ou não como covardia, é a inaceitabilidade de não executá-los imediatamente, ou seja, o apelo do instinto de conservação. A inexistência de alternativa a determinada ação sob risco de extermínio, por si só, justifica o uso de força superior contra seres mais fracos. É o caso do extermínio dos vírus, bactérias, vermes etc, que possam ameaçar vidas humanas. A própria lei consagra o direito à legítima defesa, justificando, inclusive, o homicídio, desde que tenha sido empregada apenas a força necessária e suficiente para resguardar a incolumidade daquele contra o qual se intentava praticar ato agressivo.

As guerras constituem outro terrível exemplo da “justificativa” legal de atos covardes. Aí as coisas se dificultam ainda mais, ingressando numa zona cinzenta na qual só mesmo Deus pode discernir e julgar as motivações envolvidas. Constituiriam os milhões de mortes e de ferimentos evitados com o bombardeio de Hiroshima e Nagazaki justificativa para a imolação daquelas milhares de pessoas? Essa terrível questão revela a demência da conflagração militar entre Nações, monstruosa filha do egoísmo e do ódio vingativo e preconceituoso que, até nossos dias, tem pautado as relações internacionais.



Porém, as piores covardias são as que se originam dos caprichos, das vaidades e dos preconceitos. São os atos totalmente dispensáveis, praticados tão somente por indivíduos de pouca evolução espiritual. O pior é que muitas dessas ações, apesar de extremamente covardes, ou seja, praticadas contra seres que não possuem qualquer capacidade de reação, por mero capricho, tornaram-se covardemente costumeiras, a ponto de serem aceitas pela sociedade como coisa normal. Esse é o caso que considero como sendo a suprema covardia: prender pássaros em gaiolas. Isso equivale a amarrar uma pessoa em uma cadeira e mantê-la assim durante toda a sua vida!

Ah! Se os humanos pudessem traduzir o canto das aves aprisionadas...

Mas, cativar pássaros a poucos impressiona. Não são muitos os que se dão conta de que, enquanto a Lei do Amor for ignorada a ponto de crianças possuírem atiradeiras e alçapões e seus pais também acharem isto normal, certamente, Deus não permitirá que cessem as mazelas que assolam este atrasado planeta, pois tal comportamento constitui, na verdade, mais um indicador dentre os que traduzem a duração do caminho de provas a que os humanos ainda serão submetidos, até que possam assimilar a essência do mais desinteressado amor, que é o que os faz tratar com bondade aos seres inferiores da escala evolutiva, sempre que o instinto de conservação assim lhes permite.

Texto extraído do site: alenacairo.wordpress.com/2006/07/24/covardia/

sábado, 9 de fevereiro de 2008

A receita do jornalismo perfeito. (Existe?)

Sair da faculdade dominando com agilidade a técnica jornalística é um desafio quase impossível. Nós, estudantes clamamos por estágios justos que nos permitam aprender. Mas nem sempre vamos encontrar chefes dispostos a nos ensinar. Sendo que é JUSTO isso que mais necessitamos.

A discussão sobre o fazer jornalismo é sempre bem-vinda. Mas quando temos muitas certezas e poucas dúvidas, pode-se dizer que somos, assim como quem está numa U.T.I - profissionais "terminais"- afinal, a grande graça da vida é a eterna reciclagem de idéias e de conceitos. E não adianta ter um discurso na ponta da língua. Importante e mais difícil, é por em prática aquilo que pregamos.

O fazer jornalismo para mim, independente de qualquer manual, é muito subjetivo. E todas discussões sobre o tema, fundamentais. Mas devemos não tentar sermos os donos da razão... Isso nos deixa tacanhos. E como tem gente na comunicação social onipontente! Cruzes! Protegei-me sempre!

E que Deus ajude a todos nós.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

até mereceu um post

Esse dialógo com um grande amigo meu:

Fernando diz:
escreva sobre coisas ue os outros queiram saber e quem sabe asism vc não atraia a atenção de mais visitantes
Gi diz:
na verdade
Gi diz:
não quero visitantes
Gi diz:
não tenho tanta pretensão
Fernando diz:
uheuheuheuehu
Gi diz:
minha pretensão é apenas escrever escrever escrever

então tá, né?

Segundas-feiras

ah, desperta relógio.
bate aquela sensação, desespero, cansaço, justo eu de novo?

Por isso a importância de ter um trabalho legal...
Por isso escolhi jornalismo. Nada de administração de empresas...

Tava lendo hoje morreu um jornalista, Paulo Patarra.
Nunca tinha ouvido falar nele, mas li uma matéria inteira no Observatório de Imprensa sobre este ilustre, interessante.
Toda essa aura sobre a velha guarda do jornalismo me encanta e também me assusta.
O jeito que ouço falar da "nova" geração do jornalismo, me sinto dentro de um único grupo generalizado de cabeças-ocas que nada tem de bom acrescentar.
Será mesmo que não conseguimos produzir coisas boas também?
Discordo.